RSS Feed
Posted by Parcos Maulo

Para os xuxuzinhos dos 2ºs A e B, seguem, RESPECTIVAMENTE, abaixo as listas de exercícios. Bons trabalhos e que a Força esteja com vocês!
Não esqueçam, essa treta é para terça-feira!!!

LISTA PARA O 2º A:


Lista de Exercícios de História 3º Bimestre – 2º “A”          Valor: 10,0                  Nota:____________
Alun@s:___________________________________________________________________________

     1)      Sobre as primeiras expedições exploratórias em busca de metais preciosos no Brasil, marque a única alternativa falsa: (1,5)

a)      As Entradas eram expedições particulares ou financiadas pelo governo português que partiam de vários pontos do litoral para o interior. Elas não foram bem sucedidas.
b)      Lendas e boatos foram a base das primeiras expedições em busca de ouro e prata. A lenda do Eldorado excitava a imaginação dos exploradores.
c)      A primeira grande Entrada rumo ao sertão do Brasil foi iniciativa de Martim Afonso de Sousa, em 1531.
d)     Logo na terceira Entrada, liderada pelo sertanista José Pimentel Andrade, foram encontradas jazidas de prata no interior do atual estado do Sergipe, em 1587.
e)      Os portugueses organizaram as primeiras Entradas inspirados no exemplo dos espanhóis, que haviam descoberto grandes jazidas de metais preciosos em suas colônias.

     2)      Sobre as Bandeiras, marque a única alternativa falsa: (1,5)
a)      As expedições que partiam de São Paulo ficaram conhecidas como Bandeiras.
b)      O nome “Bandeiras” veio da prática indígena, incorporada pelos paulistas, de levarem uma bandeira hasteada diante dos guerreiros para indicar suas intenções de fazerem luta e aprisionarem inimigos.
c)      Os paulistas, ou bandeirantes, buscavam primeiramente capturar indígenas para vendê-los como escravos.
d)     Os paulistas, ou bandeirantes, buscavam primeiramente encontrar metais e pedras preciosas.
e)      As bandeiras se intensificaram no período das invasões holandesas ao Nordeste do Brasil.

     3)      Sobre o período de povoamento dos sertões, nos primeiros anos após a descoberta do ouro, marque a única alternativa verdadeira: (1,5)
a)      As autoridades portuguesas conseguiram abafar a notícia da descoberta do ouro podendo, assim, controlar o número de pessoas que se dirigiram para o interior.
b)      A região das minas já era ocupada por uma população de mestiços, não muito numerosa, que produzia gêneros alimentícios. Foi essa produção que evitou a fome nos primeiros anos de mineração.
c)      A região das minas não possuía infraestrutura para receber tantas pessoas. Não havia alimento suficiente nem estradas.
d)     Os indígenas que habitavam a região das minas estabeleceram relações pacíficas com os paulistas e portugueses recém chegados.
e)      Nenhuma das alternativas anteriores é verdadeira.

     4)      Marque a única alternativa abaixo que não indica uma das medidas administrativas implantadas na região das minas pelo governo português: (1,5)

a)      Criação da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro separada da Capitania do Rio de janeiro e São Vicente.
b)      Implantação de colônias agrícolas jesuíticas próximas às regiões das minas.
c)      Sistema de distribuição de jazidas de ouro baseadas na demarcação de datas, ou seja, lotes auríferos.
d)     Cobrança do Quinto.
e)      Criação das Casas de Fundição.

5)      (Mackenzie-SP) Duas atividades econômicas destacaram-se durante o período colonial brasileiro: a açucareira e a mineração. Com relação a essas atividades econômicas, é correto afirmar que: (1,0)
a)      Na atividade açucareira, prevaleciam o latifúndio e a ruralização, a mineração favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno.
b)       O trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na mineradora.
c)      O ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a acumulação de capitais ingleses.
d)     Geraram movimentos de independência como a Guerra dos Emboabas e a Revolução Industrial.
e)      Favoreceram o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos e o desenvolvimento de uma economia independente da metrópole.
6)      (UFES) A expansão do ouro, aparentemente simples, atraiu milhares de pessoas para a América Portuguesa cuja população estimada passou de 300 000 habitantes em 1690 para 2 500 000 em 1780. Metade desse aumento demográfico ocorreu na região mineradora. Considerando essas afirmações pode-se afirmar que: (0,5)
a)      O denominado “ciclo do ouro” possibilitou uma espécie de atração centrípeta para o mercado interno desenvolvido pela mineração e assim contribuiu como fator de integração regional na América Portuguesa.
b)      A população atraída para a mineração também desenvolveu intensa atividade agrária de subsistência, propiciando reconhecida auto-suficiência que inibiu qualquer tipo de polarização.
c)      O Regimento dos Superintendentes / Guardas-Mores e Oficiais Deputados para as Minas que em 1702 instituiu a Intendência das Minas mantinha rigorosa disciplina militar e constante vigilância na Estrada Real, impedindo o ingresso de emboabas e mascates nas regiões de ouro e diamantes.
d)     O denominado “ciclo do ouro” ocasionou uma espécie de atração centrífuga, pois as riquezas auríferas de Goiás e da Bahia contribuíram para financiar simultaneamente o denominado renascimento agrícola no Nordeste do Brasil no final do século XVII.
e)      A integração regional da América Portuguesa consolidou-se durante a União Ibérica (1580-1640) quando foi removida a linha de Tordesilhas, possibilitando a convergência das regiões de pecuária para o grande entreposto comercial que consagrou a região de Minas Gerais.

7)       (UNIMONTES/MG) Analise as afirmativas abaixo, relacionadas às atividades econômicas no Brasil colonial.
I. A área colonial recebeu intenso fluxo de migração interna e externa e nela predominou, inicialmente, uma atividade econômica sem o suporte adequado de outras, o que gerou escassez de alimentos e inflação.
II. Salvador deixou de ser a capital do Brasil, sendo substituída pelo Rio de Janeiro, que possuía melhor localização, segundo os interesses da Coroa.
III. A metrópole passou a exercer um maior controle fiscal e político sobre a área colonial em questão, aumentando o corpo de funcionários administrativos.

Os fatos I, II e III referem-se ao ciclo da: (0,5)
a)      mineração;
b)      pecuária;
c)      cana-de-açúcar; 
d)     pau-brasil;
e)      tabaco e cachaça.

8)      (ULBRA/RS) Relacione as colunas levando em consideração informações sobre o Brasil Colônia.

1.Exploração do Pau-brasil
2. Exploração do Açúcar
3. Extração do Ouro

(    ) ação litorânea envolvendo a mão-de-obra indígena
(    ) aguçou o interesse holandês no Brasil, propiciando a invasão no Nordeste
(    ) produção vinculada à existência de latifúndios
(    ) deslocou o eixo de atenção do Nordeste para o Sudeste e estimulou atividades econômicas em outras regiões do país
(    ) a organização visava à monocultura para exportação

Assinale a sequencia correta: (1,0)
a)      1 . 3 . 2 . 2 . 3
b)      2 . 2 . 3 . 3 . 1
c)      1 . 2 . 2 . 3 . 2
d)     2 . 1 . 2 . 3 . 2
e)      3 . 3 . 1 . 2 . 2

9)      (UFV-MG) "O ouro brasileiro deixou buracos no Brasil, templos em Portugal e fábricas na Inglaterra." (Eduardo Galeano)
Explique de que forma os fatos contidos na frase anterior estão relacionados historicamente. (1,0)

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


LISTA DE EXERCÍCIOS PARA O 2ºB:

Lista de Exercícios História 3º Bimestre – 2º “B”                       Valor: 10,0        Nota:_______________
Alun@s:___________________________________________________________________________
     
1)      Marque a única alternativa que não indica um dos princípios do Mercantilismo: (1,5)
a)      Necessidade de uma população numerosa para assegurar mercado consumidor e potenciais soldados.
b)      Balança comercial favorável.
c)      Posse de colônias.
d)     Obediência à religião católica.
e)      Metalismo.

      2)      Acerca do sistema colonial, marque a alternativa que explica corretamente seu funcionamento: (1,5)
a)      No sistema colonial, o senhor feudal dominava uma grande área de agricultura, cedendo seu uso aos camponeses. Estes deviam pagar altos tributos para o senhor feudal.
b)      O período compreendido entre os séculos XVI e XVII, marcado pelo alto desenvolvimento industrial da Europa, testemunhou a formação do sistema colonial, no qual as metrópoles vendiam matérias-primas às suas colônias.
c)      O sistema colonial foi peça chave da lógica mercantilista. A colônia servia para manter a balança comercial favorável da metrópole. A colônia vendia matéria-prima para a metrópole e comprava, da metrópole, os produtos manufaturados.
d)     O sistema colonial nos séculos XVI e XVII foi voltado para a dominação de nações da Ásia e da África.
e)      Nenhuma das opções anteriores e verdadeira.

        3)      Sobre o pensamento de Jacques Bossuet, teórico do absolutismo, marque a única alternativa que não condiz com o que foi estudado: (1,5)
a)      Para Bossuet, o fundamento do poder do rei está no pacto social.
b)      Jacques Bossuet assumiu altos cargos na Igreja Católica, tornando-se bispo.
c)      No livro A política segundo a Sagrada Escritura, Bossuet desenvolve a teoria do direito divino.
d)     Segundo o pensamento de Bossuet, a autoridade do rei é sagrada e qualquer revolta contra ele seria um crime contra Deus.
e)      Em 1670, Bossuet foi indicado para ser o tutor do filho mais velho do rei Luís XIV.

         4)      Sobre o pensamento de Thomas Hobbes, assinale a única alternativa correta: (1,5)
a)      Para viver em paz, as pessoas deveriam estabelecer uma espécie de pacto social pelo qual abririam mão de sua liberdade em favor da segurança garantida pelo rei, cujo poder era absoluto.
b)      Os homens, enquanto seres naturalmente bons, deveriam ser organizados sob o poder protetor do rei para agradar a Deus.
c)      Como Hobbes vivenciou um período de longa paz na Inglaterra, seu livro mais conhecido é o Caminhos da Felicidade Humana.
d)     Para Hobbes, o pacto social era um contrato que todos os súditos deveriam assinar quando completassem 12 anos de idade.
e)      Segundo Hobbes, o rei não poderia se submeter a nenhum poder, mas deveria respeitar acordos e contratos estabelecidos, não podendo apossar-se de propriedades privadas.

      5)      O príncipe apresenta-se como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor as suas vontades aos mais poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa arbitragem. (André Corvisier. História Moderna)
Esta é uma das caracterizações possíveis: (0,5)
a) Dos governos coloniais da América.
b) Das relações entre fiéis e as Igrejas Protestantes.
c) Do Império Carolíngio.
d) Dos califados islâmicos.
e) Das monarquias absolutistas.

     6)      (Unifesp 2010) Mercantilismo é o nome normalmente dado à política econômica de alguns Estados Modernos europeus, desenvolvida entre os séculos XV e XVIII. Indique:
a)      Duas características do Mercantilismo: (0,5)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b)      A relação entre o Mercantilismo e a colonização da América: (0,5)
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

      7)      (MACK) Pode ser considerada uma característica do Sistema Colonial: (0,5)
a) a adoção, por parte das metrópoles, de uma política liberal que facilitou a emancipação das colônias;
b) a não-intervenção do Estado na economia e o incentivo às atividades naturais;
c) o monopólio comercial metropolitano e a sua influência no aquecimento da burguesia e no desenvolvimento do capitalismo;
d) a extinção do trabalho escravo e o desenvolvimento econômico das áreas coloniais;
e) a economia voltada para o mercado interno e para a acumulação capitalista no setor colonial.

     8)       (Fuvest 2004) “O ouro e a prata que os reis incas tiveram em grande quantidade não eram avaliados [por eles] como tesouro porque, como se sabe, não vendiam nem compravam coisa alguma por prata nem por ouro, nem por eles pagavam os soldados, nem os gastavam com alguma necessidade que lhes aparecesse; tinham-nos como supérfluos, porque não eram de comer. Somente os estimavam por sua formosura e esplendor e para ornamento [das casas reais e ofícios religiosos]”.
Garcilaso de La Veja, Comentários Reais, 1609.
 

Com base no texto, aponte as principais diferenças entre o conjunto das ideias expostas no texto e a visão dos conquistadores espanhóis sobre a importância dos metais preciosos para cada uma das suas civilizações: (1,0)
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9)      (Uerj) “Devemos sempre ter o cuidado de não comprar mais aos estrangeiros do que lhes vendemos.”
SMITH, Thomas, 1549.
A afirmativa acima evidencia uma das principais características das práticas econômicas mercantilistas dos Estados absolutistas entre os séculos XV e XVIII. Explique o significado de riqueza nacional na época do mercantilismo: (1,0)
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

  

A Predestinada - Parte IV

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

Continuando as postagens do livro de Lara F.


Capítulo 11 - Até que estou me divertindo


Chegamos. Paramos na entrada da loja. Só pela entrada deu pra perceber o quanto a loja era chique, como Sam disse.
- Vem Izzie – falou Ellie, puxando meu braço.
A loja tinha um ambiente bem agradável. Era bem iluminada com luzes coloridas.
- Olha aquele chapéu! – gritou Carly – É lindo!
Olhei nas prateleiras, só encontrei coisas lindas. E caras. Logo depois levantei minha cabeça e olhei para a parede onde tinha um relógio. Já eram 19:00 horas. Ah não! Eu estava atrasada!
- Meninas! Eu preciso ir, meu pai vai me buscar.
- Tá bom! Tchau! – exclamou Carly.
- Pergunta pro seu pai se dá pra fazer a festa do pijama, tá?
- Ok.
- Festa? Que legal! Pergunta logo, tá?!
- Tá. Mas agora eu tenho que i. Tchau meninas! Eu me diverti muito! Até amanhã!
- Izzie, amanhã eu te ligo! Às 15:00 horas, tá?! Pra saber a resposta.
- Tudo bem!
Saí correndo da loja indo para a porta. Meu pai já devia estar a minha espera.
Saí do Shopping procurando um corola preto, daí ouvi alguém gritar:
- Izzie! Vamos logo!
Era meu pai. Corri em direção ao carro. Entrei e me sentei.
- Tá atrasada, filha!
- Desculpe. É que eu fiquei ocupada.
- Tudo bem. E então, você disse que ficou ocupada. Se divertiu?
- Sim, foi muito legal!
Permaneci calada o caminho inteiro, apenas observando as lindas paisagens de São Francisco.

Capítulo 12 – Pressentimentos ruins


Assim que cheguei já eram 19:20. Passei pela porta e antes que eu pudesse subir as escadas minha mãe gritou:
- Izzie! Filha! Você pode ir jogar  o lixo fora, por favor?!
- Tá bom, mãe.
Saí de casa segurando um grande e pesado saco de lixo. Fedia um pouco, mas eu não me importei. De repente eu senti um calafrio. Não só um calafrio comum, mais como se fosse um pressentimento, um pressentimento ruim, muito ruim. Como se alguma coisa estranha fosse acontecer comigo.
O que eu estava pensando?! Eu... Ah! Eu sou só uma adolescente comum e normal!
Estava muito frio! Então saí correndo em direção a porta de casa. Assim que entrei minha mãe disse:
- Obrigada, filha!
Sacudi a cabeça. Enquanto meu pai lia o jornal no sofá, resolvi perguntar logo:
- Hã... Pai...? – perguntei nervosa.
- O que é, filha?
- Você sabe que amanhã é meu aniversário, né?!
- Sei, claro! E então, qual é o problema?
- Não, não! Não tem nenhum problema, é só que... Eu queria dar uma festa do pijama com as minhas amigas lá na cabana. Eu posso?
- Claro, filha! Contanto que vocês não façam muito barulho...
- Tudo bem!
Subi as escadas muito feliz. Mal posso esperar pra contar pra Ellie. Ela vai ficar muito feliz, tenho certeza!
Abri a porta de meu quarto e fui direto pra minha cama. Eu estava acabada, exausta, destruída! Eu não costumo me cansar tanto assim. Ou melhor, eu nunca cansei tanto assim! Eu estava tão cansada que logo peguei no sono.
Eu estava na cabana com minhas melhores amigas: Ellie, Carly, Sam e Alexa. De repente, sem querer, Sam empurrou a Carly fazendo com que queimasse seu dedo no abajur.
Acordei assustada. Não foi um sonho muito agradável. Eram 3:22 da manhã. Já era dia 3 de fevereiro: meu aniversário! Mas algo estava errado! Eu tive esse sonho maluco exatamente na hora em que nasci: no dia 3 de fevereiro de 1996, às 3:22 da manhã. Só pode ser coincidência. Uma estranha coincidência! Bom, mas o que importa?!
Logo voltei à dormir. Eu estava exausta!
- Querida! Acorda! – minha mãe falava enquanto abria a cortina e a janela – Tá na hora, Izzie! Levanta! – acordei, atendendo a ordem de minha mãe.
- Feliz aniversário! – meus pais disseram juntos.
- Combinamos sem presentes.
- O meu não conta! – disse meu pai – Não tá embrulhado!
- Tá bom, pai – eu ri, enquanto pegava uma pequena caixa.
- É pro seu quarto, querida.
Abri. Era um notebook bem bonito. Ele era prateado e cintilva na luz do sol.
- Agora o meu! – disse minha mãe, ansiosa e excitada, ela sabia que eu gostaria.
Peguei o presente e comecei a desembrulhar. Era uma bolsa. Era maravilhosa, lilás: minha cor favorita. Imagino que minha mãe tenha escolhido essa cor porque sabia que é minha favorita, ou porque sabia também que lilás combinaria com meus brincos favoritos (que eu sempre usava para ir a escola).
- São lindos! Adorei!
- Que bom, filha! Agora desce logo que o café tá na mesa.
- Tudo bem – falei gemendo – Só vou tomar um banho rapidinho.
- Tudo bem, mas não demora.
- Tá!

...

Posted by Parcos Maulo Marcadores: ,

Sem palavras...

Os heróicos Mapuches!

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

Fonte: http://www.anovademocracia.com.br/no-27/559-os-heroicos-mapuches

Os heróicos Mapuches
 
  
Rosana Bond   

Os índios mapuches, do Chile e Argentina, foram o único povo nativo da América a vencer militarmente os conquistadores espanhóis, no século 16. Com táticas inéditas de guerrilha, sua resistência durou nada menos que 300 anos. Foram os criadores dos primeiros sindicatos de trabalhadores chilenos e hoje — apesar de espremidos no sul daquele país e numa pequena área da Argentina — ainda lutam bravamente. Nos últimos anos, parte dos presos políticos chilenos, acusados de terrorismo, pertencem à esta tribo.

Arte: Alex Soares
Não houve jamais rei que conseguisse sujeitar esta soberba gente liberta,
nem estrangeira nação que se jactasse de haver pisado seus territórios,
nem terra comarcana que ousasse mover-se contra ela ou levantar-lhe espada.
Essa gente sempre foi livre, indômita, temida, com lei própria e cerviz erguida.
(La Araucana, poema de Alonso de Ercilla y Zúñiga, 1533-1594)
No século 16, os mapuches, também conhecidos como araucanos, habitavam o sul do atual Chile e o centro-sul da atual Argentina. Sua história guerreira contra os invasores europeus começa em 1546. Pedro de Valdívia, que penetrara no Chile facilmente pelo norte, atravessando o deserto de Atacama e fundando o povoado de Santiago (atual capital), no centro do país, achou que a conquista seria um empreendimento tranquilo.
Assim, resolveu expandir seu domínio ao sul. Em 1546, uma expedição partiu, e alcançou o rio Bio-Bio, nas proximidades da atual Concepción. Mal sabia Valdívia que ali começava a Araucanía, território sagrado dos mapuches-araucanos. E estes não demoraram a atacar. E o fizeram de forma tão aguerrida que o surpreso espanhol teve que fugir para Santiago.
Percebendo que suas suposições otimistas estavam erradas, Valdívia passou anos preparando uma nova expedição. Esta partiu ao sul em 1550. Ao chegar ao rio Laja, no entanto, a tropa foi atacada de surpresa pelos mapuches, obrigando-a a escapar mais uma vez.
O espanhol, que apesar de tudo conseguira fazer alguns prisioneiros, mandou que lhes cortassem os narizes e as mãos direitas, libertando-os em seguida para que amedrontassem a tribo. Péssima idéia. Pois ao invés de se acovardarem, os mapuches seguiram em seu encalço e, no rio Andalién, voltaram a atacar. Nova fuga espanhola.
Pouco depois Valdívia fundou um forte em Concepción. Nem bem tinham passado alguns dias, a guarnição foi acossada pelos mapuches. Embora tenham conseguido repelir os guerreiros índios, os espanhóis perderam muitos homens. Apavorado, Valdívia pediu ajuda ao vice-reinado castelhano no Peru.
Enquanto esperavam os reforços, e constatando que os mapuches inesperadamente tinham como que "desaparecido", os espanhóis foram implantando fortes: no rio Imperial, no lago Villarrica, em Valdívia. Tão logo chegaram as tropas mandadas desde Lima, comandadas por Francisco de Villagra, em 1552, fundaram outras fortificações em Tucapel, Purén, Confines (hoje Angol), Arauco e Lebu.
Durante toda a consecução dessas obras militares, os mapuches não se manifestaram, o que provavelmente levou os castelhanos a pensar que a conquista estava definitivamente estabelecida. Não sabiam, no entanto, que os índios não tinham "sumido". Na verdade, reunidos em assembléias no coração da Araucanía, os caciques preparavam a guerra. E que, para realizá-la, contavam com uma "arma" secreta sequer imaginada pelos invasores.

O garoto espião

A "arma" dos mapuches se chamava Lautaro, um rapaz de apenas 18 ou 19 anos, que acabara de ser escolhido como toqui (líder), comandante dos exércitos indígenas, sob as ordens do grande cacique Caupolicán.
Filho do chefe Curihancu, nascido provavelmente em 1534 na zona entre Carampangue e Tirúa, ainda menino Lautaro passara a viver com os espanhóis, em Concepción, após ter sido capturado. Batizado como Alonso, começou a trabalhar nas cavalariças, ganhando a confiança dos inimigos, inclusive do próprio Pedro de Valdívia.
Há quem afirme que Lautaro era instruído por seu povo, no sentido de aprender os segredos dos castelhanos, através de contatos com Caupolicán, feitos através de mensageiros índios que entravam e saíam do povoado.
O garoto espião cumpriu magistralmente a missão. Foi com ele que o cavalo, um dos maiores elementos da supremacia bélica do conquistador em toda a América, revelou-se finalmente ao índio. Primeiramente, rompia-se o mito de que o cavalo e o espanhol eram um ser único e aterrador, com três metros de altura, duas cabeças, seis patas e dois braços. Em segundo lugar, descobria-se que o cavalo não era um animal feroz. E tampouco invencível. Tinha suas deficiências e pontos fracos.
Lautaro investigou tudo o que pôde e, num certo dia, terminada a missão, escapou. Levando consigo dois cavalos, apresentou-se a Caupolicán.
Nas vésperas do Natal de 1553, à frente de 6 mil guerreiros, o agora toqui Lautaro investiu contra o forte de Tucapel. A guarnição espanhola não conseguiu resistir e fugiu. Lautaro manteve o forte, certo de que os conquistadores tentariam recuperá-lo. Foi precisamente o que fez Valdívia. Mas a tática do jovem índio foi mandar ondas sucessivas de guerreiros que levaram os espanhóis a lutar, sem trégua, em pontos acidentados ou pantanosos, onde o cavalo não tinha eficácia.
Assim, no dia 26 de dezembro, às margens do rio Tucapel, Lautaro captura o próprio Valdívia, cujo cavalo havia atolado num alagadiço. Em seguida, após uma assembléia que considerou falsa uma oferta dos espanhóis de retirarem-se do país, Valdívia é executado.

No laço

Em Concepción, ao saber da morte de Valdívia, Francisco de Villagra decide vingá-lo. Arma uma expedição, que parte à caça de Lautaro, supondo que ele havia se refugiado no sul. O jovem chefe índio, porém, prevendo a reação espanhola, faz justamente o contrário. Sobe rumo a Concepción, ficando de tocaia na serra de Marigueño.
Os espanhóis se aproximam. É a manhã do dia 24 de fevereiro de 1554. Um cão ladra e denuncia a presença dos mapuches. Começa a batalha. O fogo de seis canhões, usados pela primeira vez no Chile, causa estragos entre os índios, mas não detêm sua ofensiva.
Pelo contrário. Os guerreiros de Lautaro investem com curiosas armas, compostas de uma vara de quatro metros, tendo um cordel atado na extremidade. Com ele, engancham a cabeça dos inimigos e os derrubam dos cavalos. Isso é fatal aos castelhanos, pois as pesadas armaduras os impedem de movimentar-se.
De repente, porém, os índios recuam. E os invasores crêem que, no final das contas, a vitória foi sua. Mas em seguida, a surpresa. Aparece um novo destacamento, com guerreiros descansados e dispostos, usando a mesma matreira arma de corda.
Os castelhanos tentam resistir, contando com a chegada da noite para escapar, quando Lautaro envia um terceiro destacamento novinho em folha. Em pânico, os espanhóis pensam em fugir, recuando pelo caminho principal do vale. Mas Lautaro lhes apronta outra: coloca ali uma multidão de mulheres e crianças, munidos de lanças, que enganam os invasores.
Sentindo-se cercados, os castelhanos sucumbem. Apenas conseguem manter um cerco de proteção a Villagra, que mesmo assim foi laçado e ferido. Num golpe de sorte, porém, logra escapar a Concepción.
Incansável, Lautaro decide ir atrás. No entanto, ao chegar, o vilarejo já tinha sido evacuado. Os ocupantes espanhóis, em pânico, tinham se transladado para Santiago. Concepción — a sede do poder castelhano no Chile — foi incendiada e destruída pelos mapuches.

"Vamos tomar Madri"

Em 1555, a Real Audiência de Lima determinou que Concepción fosse reconstruída, sob o comando do capitão Alvarado. Ao saber disso, Lautaro a sitiou e atacou novamente, em dezembro daquele ano. Sem êxito, Alvarado tentou romper o cerco. Somente 38 espanhóis conseguiram escapar da nova destruição do povoado.
Naquela altura, os castelhanos já sentiam um enorme pavor das investidas militares dos mapuches. E, principalmente, temiam e respeitavam Lautaro. Com ele estava um povo inteiro. Tinha uma causa a defender, possuía disciplina e inteligência, uma combinação muito eficaz no sucesso de uma guerra.
Assim, não deve ter sido com muita surpresa que os castelhanos souberam, no ano seguinte, 1556, que os mapuches, numa audaciosa ofensiva, estavam marchando contra a própria Santiago. Há quem diga que a disposição dos indígenas era tal, que desejavam cumprir uma façanha totalmente inédita na história da conquista da América: "Vamos tomar Santiago, vencer os espanhóis, atravessar o oceano e tomar Madri".
No comando, claro, estava Lautaro. Mas aí algo aconteceu, talvez uma delação. O governo de Santiago soube do plano de ataque. Uma expedição foi mandada para deter os mapuches. E como os espanhóis não conseguiam vencer Lautaro no campo de batalha, o fizeram através de um ato covarde. Em 29 de abril de 1557, perto do rio Maule, o grande chefe foi assassinado enquanto dormia, atravessado por uma lança.
Depois da morte de Lautaro, assumiu a governança Garcia Hurtado de Mendoza. Imediatamente ordenou que se reconstruísse Concepción. Embora os mapuches já viessem sofrendo os efeitos devastadores de uma epidemia de varíola, que surgira dos contatos com os europeus, Caupolicán atacou o povoado. Mas teve que recuar antes que a cavalaria espanhola chegasse.
Garcia armou, então, o mais poderoso exército que já enfrentara os mapuches. Mas estes o atacaram em Lagunilla, sob o comando de Galvarino — que havia sido escolhido por Caupolicán como substituto de Lautaro. Apesar do esforço, os castelhanos, não conseguiram vencer.
Embora os indígenas não tenham sido derrotados, Garcia conseguiu prender, torturar e matar Galvarino. Em seguida, logrou matar também o grande chefe Caupolicán e outros 30 caciques.
Garcia achou que, desta vez, os mapuches estavam vencidos. Mas não. Os suplícios e as mortes de seus líderes só reforçaram neles a disposição de resistir. A chamada Guerra do Arauco não terminou naquele século 16 e tampouco nos seguintes. Por cerca de 300 anos, os espanhóis nunca puderam se sentir tranquilos na terra araucana. Os huincas (brancos) só conseguiram ocupar o sul do Chile, principalmente as regiões de Temuco e Osorno, em 1881.

Acusados de terrorismo

Mesmo com a ocupação de seu território no século 19, que os mapuches chamam de anexação militar, este povo indígena não cessou sua luta. Continuaram incomodando os patrões e o Estado chileno, sendo os criadores dos primeiros sindicatos de trabalhadores do país. Isso porque, com a "pacificação da Araucanía", milhares de índios foram levados ao norte, onde passaram a trabalhar em indústrias e minas, transformando-se em operários.
Já na década de 1970, os mapuches lideraram, no sul, a reforma agrária iniciada pelo presidente Salvador Allende. E posteriormente, com o golpe militar, lutaram contra Pinochet, sendo barbaramente reprimidos.
Nos últimos tempos, a tribo — cuja população soma 1,6 milhão de pessoas, somente no Chile — voltou a fazer expropriações de terras e ações rebeldes, principalmente contra os latifundiários e empresas transnacionais — o que levou a "democracia" chilena a detê-los sob a acusação de terrorismo.
"O próprio Estado está dando atualidade à lei anti-terrorista gerada na ditadura fascista; e frente a esse terrorismo de Estado não há outra resposta que a mobilização do povo mapuche", disse a professora Elza Pepin, no Encontro da Juventude Mapuche realizado em 2002, em Rouen, França.
Mas a combatividade da tribo tem também adversários mais "sutis". Um deles é a influência exercida por ONGs européias e por agrupações políticas chilenas, ditas de esquerda, que usam a cartilha do oportunismo e do eleitoralismo. Assim, embora comunidades mapuches, como a do Distrito 51, afirmem que "nossa luta deve dar-se de forma separada dos partidos políticos", várias delas têm apresentado candidatos às eleições, o que sem dúvida representa um atraso.
Outro aspecto nefasto tem sido as religiões. Com o beneplácito do Estado, os indígenas têm sido levados a se afastar de suas tradições culturais, caindo na órbita de credos ocidentais, tais como as igrejas Católica, Evangélica e até a dos Mórmons norte-americanos.
"Nas escolas públicas são dados cursos católicos de catecismo. As crianças mapuches são obrigadas a participar", denuncia Elza Pepin.
E acrescenta: "Na zona de Tirúa, encontramos um casal de mórmons que dirige uma escola, para alunos mapuches, que são submetidos a um doutrinamento suspeito. Uma mescla muito sutil de racismo primário e de paternalismo. O golpe de Estado demonstrou claramente os estreitos laços que existem entre os serviços de inteligência e essas seitas. Então podemos nos perguntar: qual é o objetivo exato desse tipo de práticas educativas justamente nas zonas de luta do território mapuche?".

Democracia Representativa

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

Triste, mas é assim que funciona, galera! A história serve para a gente entender como as coisas chegaram nesse estado ridículo e auxiliar na transformação!
DEMOCRACIA DIRETA JÁ!

Transformando boas ideias em REALIDADE!

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

http://www.agenciamandalla.org.br/index.php


As mandallas são estruturas circulares de produção de alimentos formadas por círculos concêntricos que têm no centro um pequeno espelho de água, de onde parte o sistema de irrigação. Galinhas, patos, peixes dentre outras espécies de pequenos animais e uma diversidade de plantas dispostas estrategicamente convivem em uma área comum, formando assim um sistema interativo onde as necessidades de um são supridas pela produção do outro. Por exemplo, a galinha oferece esterco e aração para a plantação e se alimenta de ervas daninhas. Hastes de cotonetes de ouvidos dão forma à micro-aspersores e gotejadores adaptados pela criatividade (02 da figura abaixo à direita), bem como garrafas plásticas vazias de refrigerantes são transformados em instrumentos de irrigação no espaço Mandalla. O tamanho da Mandalla varia de acordo com diversos locais. Caso exista disponibilidade de espaço, pode ser feita a Mandalla que ocupa uma área de até1/4 de Hectare, podendo ainda, em um tamanho menor, ser implantada até nos quintais das casas dos agricultores. Em cada área de 2.500 m2 (1/4 Ha) irrigada por bomba submersa tipo sapo, são cultivadas 64 tipos de culturas vegetais, 10 espécies de animais e até 450 fruteiras diversificadas. 


A Mandalla tem o objetivo de gerar transformações sociais a partir da democratização do conhecimento e fomento ao desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis, “capacitando para a produção responsável e educando para o consumo consciente”. Para isso, atua através da pesquisa, desenvolvimento e difusão de tecnologias sustentáveis orientadas para a geração de renda, emprego e segurança alimentar, no campo e nas cidades através do apoio ao empreendedorismo focado na construção de cadeias de produção, assistência técnica, beneficiamento e comercialização de alimentos ecologicamente corretos, ambientalmente sustentáveis e economicamente acessíveis.

Proposta do MST para um Brasil mais justo e ecológico!

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

Plataforma da Via Campesina para a agricultura

.
Ao povo brasileiro e às organizações populares do campo e da cidade
O atual modelo agrícola imposto ao Brasil pelas forças do capital e das grandes empresas é prejudicial aos interesses do povo. Ele transforma tudo em mercadoria: alimentos, bens da natureza (como água, terra, biodiversidade e sementes.) e se organiza com o único objetivo de aumentar o lucro das grandes empresas, das corporações transnacionais e dos bancos.
Nós precisamos urgentemente construir um novo modelo agrícola baseado na busca constante de uma sociedade mais justa e igualitária, que produza suas necessidades em equilíbrio com o meio ambiente.
Por isso, fazemos algumas considerações e convidamos o povo brasileiro a refletir e decidir qual é o modelo de agricultura que quer para o nosso país.
I – A NATUREZA DO ATUAL MODELO AGRICOLA
O atual modelo agrícola, chamado de agronegócio, tem como principais características:
1.Organizar a produção agrícola sob controle dos grandes proprietários de terra e empresas transnacionais, que exploram os trabalhadores agrícolas e têm o domínio sobre: produção, comércio, insumos e sementes.
2.Priorizar a produção na forma de monocultivos extensivos, em grande escala, que afetam o ambiente e exige grandes quantidades venenos, que prejudicam a saúde e a qualidade dos alimentos. O Brasil consome mais de um bilhão de litros de veneno por ano, se transformando no maior consumidor mundial!
3.Organizar o monocultivo florestal, como o de eucalipto e pínus, que destroem o ambiente, a biodiversidade, estragam a terra, geram desemprego, destinando a produção para exportação, dando lucro para as transnacionais e nos deixando a degradação social e ambiental.
4.Incentivar a ampliação da área de monocultivo de cana-de-açúcar para produção de etanol, para exportação. Novamente, causando prejuízos ao ambiente, elevando o preço dos alimentos, a concentração da propriedade da terra e desnacionalizando o setor da produção do açúcar e álcool.
5.Difundir o uso das sementes transgênicas, que destroem a biodiversidade e eliminam todas as nossas sementes nativas. As sementes transgênicas não conseguem conviver com outras variedades e contaminam as demais, resultando, a médio prazo, a existência de apenas sementes controladas por empresas transnacionais. Com o controle das sementes, essas empresas cobram royalties, vendem agrotóxicos de suas próprias indústrias e pressionam governos a adotarem políticas dos seus interesses.
6.Incentivar o desmatamento da floresta amazônica e a destruição dos babaçuais, através da expansão da pecuária, soja, eucalipto e cana, e para exportação de madeira e minérios. Somos contra a lei que autoriza a exploração privada das florestas públicas.
Diante da gravidade da situação, denunciamos à sociedade brasileira:
1.O modelo do agronegócio protege a exploração do trabalho escravo, do trabalho infantil e a superexploração dos assalariados rurais, sem garantir os direitos trabalhistas e previdenciários e as mínimas condições de transporte e de vida nas fazendas. Por isso, a bancada ruralista nunca aceitou votar o projeto que penaliza fazendas com trabalho escravo, já aprovado no Senado.
2.O projeto de lei do senador Sergio Zambiasi (PTB-RS), que pretende diminuir a proibição de propriedades estrangeiras na faixa de fronteira de todo pais, regularizam as terras em situação de ilegalidade e crime de empresas estrangeiras na fronteira, como a Stora Enso e a seita Moon.
3.As obras de transposição do Rio São Francisco visa apenas beneficiar o agronegócio, o hidronegócio e a produção para exportação, e a expansão da cana, na região nordeste, e não atende as necessidades dos milhões de camponeses que vivem no Semi-Árido.
4.A crescente privatização da propriedade da água por empresas, sobretudo estrangeiras, como a Nestlé, Coca-cola e Suez, entre outras.
5.O atual modelo energético prioriza as grandes hidrelétricas, principalmente na Amazônia, e transforma a energia em mercadoria. Privatiza, destrói e polui o ambiente, aumenta cada vez mais as tarifas da energia elétrica ao povo brasileiro, privilegia os grandes consumidores eletrointensivos e entrega o controle da energia às grandes corporações multinacionais, colocando em risco a soberania nacional.
6.As tentativas de modificação no atual Código Florestal, proposto pela bancada ruralista a serviço do agronegócio, autoriza o desmatamento das áreas, buscando apenas o lucro fácil.
7.As articulações das empresas transnacionais, falsas entidades ambientalistas e alguns governos do hemisfério Norte querem transformar o meio ambiente em simples mercadoria. E introduzir títulos de créditos de carbono negociáveis nas bolsas de valores - inclusive para isentar as empresas poluidoras do Norte - e gerar oportunidades de lucro para empresas do Sul, enquanto as agressões ao meio ambiente seguem livremente pelo capital.
8.As políticas que privatizam o direito de pesca, desequilibram o meio ambiente nos rios e no mar e inviabilizam a pesca artesanal, da qual dependem milhões de brasileiros.
9.A lei recentemente aprovada que legaliza a grilagem, regularizando as áreas públicas invadidas na Amazônia até 1500 hectares por pessoa (antes era permitido legalizar apenas até 100 hectares). Somos contra o projeto de lei do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) que reduz a Reserva Florestal na Amazônia em cada propriedade de 80% para 50%.
II – PROPOMOS UM NOVO PROGRAMA PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA
Um programa que seja baseado nas seguintes diretrizes:
1.Implementar um programa agrícola e hídrico, que priorize a soberania alimentar de nosso país, estimule a produção de alimentos sadios, a diversificação da agricultura, a Reforma Agrária, como ampla democratização da propriedade da terra, a distribuição de renda produzida na agricultura e fixação da população no meio rural brasileiro.
2.Impedir a concentração da propriedade privada da terra, das florestas e da água. Fazer uma ampla distribuição das maiores fazendas, instituindo um limite de tamanho máximo da propriedade de bens da natureza.
3.Assegurar que a agricultura brasileira seja controlada pelos brasileiros e que tenha como base a produção de alimentos sadios, a organização de agroindústrias na forma cooperativas em todos os municípios do país.
4.Incentivar a produção diversificada, na forma de policultura, priorizando a produção camponesa.
5.Adotar técnicas de produção que buscam o aumento da produtividade do trabalho e da terra, respeitando o ambiente e a agroecologia. Combater progressivamente o uso de agrotóxicos, que contaminam os alimentos e a natureza.
6.Adotar a produção de celulose em pequenas unidades, sem monocultivo extensivo, buscando atender as necessidades brasileiras, em escala de agroindústrias menores.
7.Defender a “política de desmatamento zero” na Amazônia e Cerrado, preservando a riqueza e usando os recursos naturais de forma adequada e em favor do povo que lá vive. Defender o direito coletivo da exploração dos babaçuais.
8.Preservar, difundir e multiplicar as sementes nativas e melhoradas, de acordo com nosso clima e biomas, para que todos os agricultores tenham acesso.
9.Penalizar rigorosamente todas as empresas e fazendeiros que desmatam e poluem o meio ambiente.
10.Implementar as medidas propostas pela Agência Nacional de Águas (Atlas do Nordeste), que prevê obras e investimentos em cada município do Semi-Árido, que com menor custo resolveria o problema de água de todos os camponeses e população residente na região.
11.Assegurar que a água, como um bem da natureza, seja um direito de todo cidadão. Não pode ser uma mercadoria e deve ser gerenciada como um bem público, acessível a todos e todas. Defendemos um programa de preservação de nossos aquíferos, como as nascentes das três principais bacias no cerrado, o aquífero guarani e a mais recente descoberta do aquífero alter do chão, na região amazônica.
12.Implementar um novo projeto energético popular para o país, baseado na soberania energética e garantir o controle da energia e de suas fontes a serviço do povo brasileiro. Assegurar que o planejamento, produção, distribuição da energia e de suas fontes estejam sob controle do povo brasileiro. Também, estimular todas as múltiplas formas de fontes de energia, com prioridade para as potencialidades locais e de uso popular. Exigir a imediata revisão das atuais tarifas de energia elétrica cobradas à população, garantindo o acesso a todos a preços compatíveis com a renda do povo brasileiro
13.Regularizar todas as terras quilombolas em todo país.
14.Proibir a aquisição de terras brasileiras por empresas transnacionais e “seus laranjas”, acima do modulo familiar.
15.Demarcar imediatamente todas as áreas indígenas e promover a retirada de todos os fazendeiros invasores, em especial nas áreas dos guaranis no Mato Grosso do Sul.
16.Promover a defesa de políticas públicas para agricultura, por meio do Estado, que garantam:
a) Prioridade para a produção de alimentos para o mercado interno;
b) Preços rentáveis aos pequenos agricultores, garantindo a compra pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab);
c) Uma nova política de crédito rural, em especial para investimento nos pequenos e médios estabelecimentos agrícolas;
d) Uma política de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) definida a partir das necessidades dos camponeses e da produção de alimentos sadios;
e) Adequar a legislação sanitária da produção agroindustrial às condições da agricultura camponesa e das pequenas agroindústrias, ampliando as possibilidades de produção de alimentos;
f) Políticas publicas para a agricultura direcionadas e adequadas às realidades regionais.
17.Garantir a manutenção do caráter público, universal, solidário e redistributivista da seguridade social no Brasil, como garantia a todos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura. Garantir o orçamento para a Previdência Social e a ampliação dos direitos sociais a todos trabalhadores e trabalhadoras, como os que estão na informalidade e os trabalhadores domésticos.
18.Rever o atual modelo de transporte individual, e desenvolver um programa nacional de transporte coletivo, que priorize os sistemas ferroviário, metrô, hidrovias, que usam menos energia, são menos poluentes e mais acessíveis a toda população.
19.Assegurar a educação no campo, implementando um amplo programa de escolarização no no meio rural, adequados à realidade de cada região, que busque elevar o nível de consciência social dos camponeses, universalizar o acesso dos jovens a todos os níveis de escolarização e, em especial, ao ensino médio e superior. Desenvolver uma campanha massiva de alfabetização de todos adultos.
20.Mudar os acordos internacionais da Organização Mundial do Comércio (OMC), União Europeia-Mercosul, convenções e conferencias no âmbito das Nações Unidas, que defendem apenas os interesses do capital internacional, do livre comércio, em detrimento dos camponeses e dos interesses dos povos do sul.
21.Aprovar a lei que determina expropriação de toda fazenda com trabalho escravo. Impor pesadas multas às fazendas que não respeitam as leis trabalhistas e previdenciárias. Revogação da lei que possibilita contratação temporária de assalariados rurais, sem carteira assinada.
Por trabalho, alimento sadio, preservação ambiental, um novo modelo agrícola e soberania nacional!
Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal - ABEEF
Conselho Indigenista Missionário - CIMI
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil - FEAB
Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB
Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA
Movimento das Mulheres Camponesas - MMC
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
Pastoral da Juventude Rural - PJR
Movimento dos Pescadores e Pescadoras do Brasil