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A Predestinada - Parte IV

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

Continuando as postagens do livro de Lara F.


Capítulo 11 - Até que estou me divertindo


Chegamos. Paramos na entrada da loja. Só pela entrada deu pra perceber o quanto a loja era chique, como Sam disse.
- Vem Izzie – falou Ellie, puxando meu braço.
A loja tinha um ambiente bem agradável. Era bem iluminada com luzes coloridas.
- Olha aquele chapéu! – gritou Carly – É lindo!
Olhei nas prateleiras, só encontrei coisas lindas. E caras. Logo depois levantei minha cabeça e olhei para a parede onde tinha um relógio. Já eram 19:00 horas. Ah não! Eu estava atrasada!
- Meninas! Eu preciso ir, meu pai vai me buscar.
- Tá bom! Tchau! – exclamou Carly.
- Pergunta pro seu pai se dá pra fazer a festa do pijama, tá?
- Ok.
- Festa? Que legal! Pergunta logo, tá?!
- Tá. Mas agora eu tenho que i. Tchau meninas! Eu me diverti muito! Até amanhã!
- Izzie, amanhã eu te ligo! Às 15:00 horas, tá?! Pra saber a resposta.
- Tudo bem!
Saí correndo da loja indo para a porta. Meu pai já devia estar a minha espera.
Saí do Shopping procurando um corola preto, daí ouvi alguém gritar:
- Izzie! Vamos logo!
Era meu pai. Corri em direção ao carro. Entrei e me sentei.
- Tá atrasada, filha!
- Desculpe. É que eu fiquei ocupada.
- Tudo bem. E então, você disse que ficou ocupada. Se divertiu?
- Sim, foi muito legal!
Permaneci calada o caminho inteiro, apenas observando as lindas paisagens de São Francisco.

Capítulo 12 – Pressentimentos ruins


Assim que cheguei já eram 19:20. Passei pela porta e antes que eu pudesse subir as escadas minha mãe gritou:
- Izzie! Filha! Você pode ir jogar  o lixo fora, por favor?!
- Tá bom, mãe.
Saí de casa segurando um grande e pesado saco de lixo. Fedia um pouco, mas eu não me importei. De repente eu senti um calafrio. Não só um calafrio comum, mais como se fosse um pressentimento, um pressentimento ruim, muito ruim. Como se alguma coisa estranha fosse acontecer comigo.
O que eu estava pensando?! Eu... Ah! Eu sou só uma adolescente comum e normal!
Estava muito frio! Então saí correndo em direção a porta de casa. Assim que entrei minha mãe disse:
- Obrigada, filha!
Sacudi a cabeça. Enquanto meu pai lia o jornal no sofá, resolvi perguntar logo:
- Hã... Pai...? – perguntei nervosa.
- O que é, filha?
- Você sabe que amanhã é meu aniversário, né?!
- Sei, claro! E então, qual é o problema?
- Não, não! Não tem nenhum problema, é só que... Eu queria dar uma festa do pijama com as minhas amigas lá na cabana. Eu posso?
- Claro, filha! Contanto que vocês não façam muito barulho...
- Tudo bem!
Subi as escadas muito feliz. Mal posso esperar pra contar pra Ellie. Ela vai ficar muito feliz, tenho certeza!
Abri a porta de meu quarto e fui direto pra minha cama. Eu estava acabada, exausta, destruída! Eu não costumo me cansar tanto assim. Ou melhor, eu nunca cansei tanto assim! Eu estava tão cansada que logo peguei no sono.
Eu estava na cabana com minhas melhores amigas: Ellie, Carly, Sam e Alexa. De repente, sem querer, Sam empurrou a Carly fazendo com que queimasse seu dedo no abajur.
Acordei assustada. Não foi um sonho muito agradável. Eram 3:22 da manhã. Já era dia 3 de fevereiro: meu aniversário! Mas algo estava errado! Eu tive esse sonho maluco exatamente na hora em que nasci: no dia 3 de fevereiro de 1996, às 3:22 da manhã. Só pode ser coincidência. Uma estranha coincidência! Bom, mas o que importa?!
Logo voltei à dormir. Eu estava exausta!
- Querida! Acorda! – minha mãe falava enquanto abria a cortina e a janela – Tá na hora, Izzie! Levanta! – acordei, atendendo a ordem de minha mãe.
- Feliz aniversário! – meus pais disseram juntos.
- Combinamos sem presentes.
- O meu não conta! – disse meu pai – Não tá embrulhado!
- Tá bom, pai – eu ri, enquanto pegava uma pequena caixa.
- É pro seu quarto, querida.
Abri. Era um notebook bem bonito. Ele era prateado e cintilva na luz do sol.
- Agora o meu! – disse minha mãe, ansiosa e excitada, ela sabia que eu gostaria.
Peguei o presente e comecei a desembrulhar. Era uma bolsa. Era maravilhosa, lilás: minha cor favorita. Imagino que minha mãe tenha escolhido essa cor porque sabia que é minha favorita, ou porque sabia também que lilás combinaria com meus brincos favoritos (que eu sempre usava para ir a escola).
- São lindos! Adorei!
- Que bom, filha! Agora desce logo que o café tá na mesa.
- Tudo bem – falei gemendo – Só vou tomar um banho rapidinho.
- Tudo bem, mas não demora.
- Tá!