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Paixão na Belle Époque

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

Teresa Vardin, personagem criada pela imaginativa Ingrid L. (9° A), viveu e amou durante o período anterior à Primeira Guerra Mundial. Suas memórias são uma fonte rica para entendermos a Belle Époque (1871-1914). Ainda mais se levarmos em conta o fato dela ter sido casada com o filho de um dos mais influentes pintores da época, Monet! 

     Meu nome é Teresa Vardin. Vivo na França, mais precisamente em Paris. Em um período considerado a Belle Époque. E para mim realmente foi uma bela época. Foi quando me apaixonei e vivi intensamente meus sentimentos o que para a época não era muito comum. Me apaixonei por Jean Monet, o que para muitos era considerado uma loucura, pois ele era filho de Claude Monet. Isso não era muito comum, pois as pessoas não tinham uma boa impressão dos artistas, em especial os pintores. Diziam que eles não ligavam para nada além da arte e que não valorizavam a família e suas esposas. O que posso lhes garantir é que isso era uma grande tolice, pois Jean foi o homem mais perfeito, romântico e belo que já estive. 
     Nossa ligação era muito forte, nosso amor muito intenso. Não conseguia me imaginar um só segundo longe de Jean. Parecia que eu estava incompleta, nossos dias juntos eram emocionantes. Vivemos todas as emoções da Belle Époque, vivemos juntos o sonho de que o mundo seria para sempre formado por transformações culturais, inovações tecnológicas, um mundo cheio de otimismo e certeza de paz duradoura. Junto de Jean planejava o futuro de nossos filhos. Você pode até pensar que éramos ingênuos, mas acredite, tanto nós como todo o povo daquele tempo acreditávamos sim na paz e na prosperidade do mundo. Aprendia muito com Jean, que a cada dia me apresentava um novo invento e, principalmente, o que mais me encantava, o cinema. 
     Em 1912, respirávamos a cultura. Lembro-me bem de meus passeios com Jean. Íamos ver apresentações de balé Russo, concertos impecáveis de jazz. Um dia fomos visitar as obras de meu sogro e de outros artistas que se destacavam como Van Gogh, Munch, Pablo Picasso, entre outros. Fomos até visitar uma imponente estrutura de portas e janelas de vidro construída em 1907 pelo Frank L:
     
     Porém, todo esse encanto acabou em 1914, quando iniciou-se a Primeira Guerra, e meu querido Jean Monet foi convocado para servir na Guerra. E desde então, não mais tenho notícias de meu amor. Vivi o resto de meus dias com a esperança de que ele voltasse e fôssemos felizes novamente, para que pudéssemos criar com todo o encanto, toda ingenuidade e esperança da Belle Époque nosso filho que infelizmente não pôde conhecer seu pai. 

1 comentários:

  1. Anônimo

    Muito interessante sua narrativa, Ingrid! Continue escrevendo estórias sobre a História.

    Antônio João