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Uma carta com pouca esperança

Posted by Parcos Maulo Marcadores:

Matheus da S. N. (9° C) fez com que uma carta sincera e emocionada chegasse até nós. Uma ótima mostra de criatividade. Tomara que esse tal de Manfred tenha sobrevivido!

18 de outubro de 1916, França.

Querida família,

hoje, aqui nas trincheiras, fomos atacados pela artilharia francesa, muitos foram atingidos e morreram. O cheiro aqui é muito desagradável e nossas roupas úmidas da chuva fazem com que nós gripemos. As doenças estão tomando conta das trincheiras, muitos homens estão morrendo de fortes viroses que os estão afetando e muitos acabam morrendo de sede e fome. Estamos todos magros e fracos, pois não conseguimos dormir e a comida é muito precária. Somos obrigados a viver em meio a ratos e insetos que se alimentam dos cadáveres. Talvez eu não volte para casa, pois a guerra ainda promete muitos anos pela frente e, como as coisas estão para o nosso lado, talvez poucos ou nenhum soldado sobreviva. Se eu morrer, morrerei orgulhoso, pois morri lutando pelo meu país e por mais difícil que tenha sido a batalha, não desisti.

Lembranças a todos,

Manfred Joachim Jorn

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